Os impactos da IoT na segurança da informação

Por que integrar tecnologia, segurança da informação e estratégia é essencial para proteger sua operação?

17/04/2025 Aprox. 10min.
Os impactos da IoT na segurança da informação

A transformação digital trouxe ganhos expressivos para a segurança empresarial, e entre os grandes vetores dessa mudança está a Internet das Coisas (IoT). Dispositivos conectados e inteligentes vêm sendo incorporados com rapidez a centros logísticos, plantas industriais, prédios corporativos e data centers, promovendo novos níveis de controle, visibilidade e automação. No entanto, essa nova fronteira da segurança física e eletrônica exige mais do que infraestrutura: requer estratégia, governança e resiliência.

A IoT permite que sensores, câmeras, leitores de acesso e outros dispositivos coletem, troquem e processem dados em tempo real, o que revoluciona a maneira como as empresas protegem seus ativos e ambientes.

Porém, ao mesmo tempo, expõe essas operações a novos riscos – tanto físicos quanto cibernéticos – que precisam ser antecipados desde o design do projeto de segurança. Para empresas de grande porte, onde qualquer falha pode representar prejuízos milionários, a maturidade na gestão da segurança se torna um fator competitivo.

Neste artigo, exploramos os impactos reais da IoT na segurança empresarial, analisando benefícios, riscos e caminhos estratégicos para mitigar vulnerabilidades. Ao longo da leitura, você entenderá por que a integração entre segurança eletrônica e segurança da informação é uma prioridade, e como um projeto robusto pode fazer toda a diferença para proteger pessoas, dados e operações.

A IoT como aliada da segurança eletrônica

A principal contribuição da IoT à segurança está na capacidade de gerar respostas rápidas e baseadas em dados. Com dispositivos conectados, é possível monitorar o ambiente em tempo real e integrar sistemas de detecção, controle de acesso, vídeo inteligente e alarmes em uma única interface. Isso permite uma gestão proativa dos riscos, além de garantir que decisões críticas sejam tomadas com mais agilidade e precisão.

Em centros logísticos, por exemplo, sensores IoT são usados para rastrear movimentos em áreas de alto risco, ativar cercas elétricas, acionar alarmes ou bloquear acessos automaticamente. O mesmo vale para edifícios corporativos, onde sistemas de vigilância podem identificar comportamentos anômalos e comunicar-se com portarias remotas ou salas de controle centralizadas. Tudo isso sem intervenção humana direta, reduzindo falhas operacionais.

Essa automação inteligente não apenas melhora a eficiência da segurança, mas também reduz custos operacionais ao eliminar redundâncias e otimizar recursos humanos. No entanto, para que funcione com máxima eficácia, a IoT precisa estar inserida em um projeto de segurança integrado, que considere os fluxos da empresa, os pontos de vulnerabilidade e a escalabilidade futura do sistema.

Crescimento exponencial da IoT e seus reflexos na segurança

A popularização da IoT tem sido vertiginosa. De acordo com a Statista, a previsão é de que existam mais de 29 bilhões de dispositivos conectados em todo o mundo até 2030. Em ambientes empresariais, esse crescimento se traduz em novos desafios de gerenciamento e segurança, já que cada novo dispositivo amplia a superfície de ataque e a complexidade das redes.

Esse aumento exponencial exige das empresas uma abordagem estratégica e não reativa. Isso significa mapear os ativos conectados, avaliar continuamente os riscos envolvidos e implementar medidas de proteção que vão além das práticas tradicionais. Afinal, a mesma conectividade que oferece agilidade e inteligência também pode ser usada por agentes maliciosos para comprometer a integridade da operação.

Outro ponto de atenção é a obsolescência de tecnologias. Dispositivos de IoT têm ciclos de atualização curtos e, se não forem mantidos com firmware atualizado ou se forem adquiridos de fornecedores sem histórico de segurança, podem se tornar brechas críticas. Empresas maduras em segurança eletrônica já incorporam esses critérios desde a fase de projeto, garantindo que cada componente do ecossistema esteja alinhado com os requisitos de cibersegurança corporativa.

Riscos e vulnerabilidades da IoT em ambientes corporativos

A IoT, quando mal implementada, pode se tornar uma ameaça interna. Dispositivos conectados que operam com senhas padrão ou conectados em redes desprotegidas são alvos fáceis para ataques cibernéticos. E o mais preocupante: esses ataques muitas vezes não são detectados até que o dano já esteja feito. O comprometimento de um único sensor pode abrir caminho para a invasão de servidores críticos ou o vazamento de dados sigilosos.

Um dos erros mais comuns nas empresas é tratar os dispositivos IoT como elementos periféricos, quando, na verdade, eles devem ser considerados como endpoints críticos. Isso significa incluí-los nas políticas de segurança da informação, prever sua segmentação na rede e garantir monitoramento contínuo. 

Além disso, o controle de fornecedores e o rastreamento da origem dos dispositivos também são etapas fundamentais. A falta de transparência sobre o ciclo de vida dos equipamentos ou sobre o suporte técnico oferecido após a implantação pode resultar em vulnerabilidades ocultas. Por isso, a escolha de parceiros estratégicos e especializados em segurança integrada é uma decisão que impacta diretamente a robustez da proteção empresarial.

Segurança da informação como pilar da segurança eletrônica

Na era da hiperconectividade, segurança da informação e segurança eletrônica não podem mais ser tratadas como áreas separadas. A convergência entre esses dois universos é essencial para garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados que transitam pelos sistemas de segurança. A ISO 27001, referência internacional em gestão da segurança da informação, torna-se ainda mais relevante neste contexto.

Empresas que adotam padrões como a ISO 27001 para proteger seus sistemas de segurança eletrônica demonstram maturidade e compromisso com a proteção de seus ativos digitais e físicos. Isso não apenas reduz riscos operacionais, como também fortalece a reputação da empresa perante clientes, parceiros e investidores. Em setores altamente regulados, como logística e indústria, estar em conformidade com normas internacionais é um diferencial competitivo.

A integração entre as práticas de segurança da informação e o design de sistemas eletrônicos permite a criação de um ecossistema seguro por padrão, onde a prevenção está no centro da estratégia. E a boa notícia é que tudo isso pode, e deve, ser pensado desde o início, com apoio de especialistas.

A importância de um projeto de segurança corporativa integrado

Mais do que investir em tecnologia, grandes empresas precisam investir em estratégia. Um sistema de segurança robusto começa com um bom projeto que considere o fluxo operacional da empresa, a criticidade de cada área, os riscos envolvidos e a interoperabilidade entre diferentes tecnologias. Projetos mal planejados geram brechas, sobreposição de funções e, em última instância, um falso senso de proteção.

A segurança corporativa, hoje, é uma combinação de inteligência, integração e capacidade de adaptação. Empresas que operam com cadeias logísticas complexas ou ambientes críticos, precisam de soluções que possam ser monitoradas remotamente, integradas em tempo real e escaladas conforme a necessidade. 

A IB Tecnologia atua justamente nesse ponto: desenvolvendo projetos personalizados de segurança eletrônica, com foco em integração, eficiência e governança. Ao unir tecnologia de ponta com metodologia especializada, a IB garante mais do que equipamentos, entrega confiança, continuidade operacional e vantagem estratégica para empresas em todo o Brasil e na América Latina. Conheça nossas soluções e eleve o nível de segurança da sua operação.

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Carlos

Carlos

CTO

Engenheiro Eletricista e Mestre em Desenvolvimento de Tecnologias, Especialista em Cybersecurity, com atuação no desenvolvimento de projetos de instalações elétricas e automação predial, segurança eletrônica, eficiência energética e conservação de energia na área predial. Desenvolvimento de sistemas de supervisão e controle predial e residencial (BMS).